terça-feira, 4 de outubro de 2011

A dor.



"Admito que doeu, que me sufocou. Admito que eu não sabia pra onde correr. Admito que me consumiu, que me corroeu, que me despedaçou.
Mas também admito me fez olhar pra frente e entender que tudo nessa vida tem uma razão, e que se você se machuca muito, começa a não doer mais tanto."
(Caio Fernando Abreu)



Discordo apenas das últimas palavras, por isso vou discorrer apenas sobre elas.
Admito que nada é por acaso e que a gente deve fazer de todo e qualquer sofrimento um motivo para se reerguer, para se amar mais e para se valorizar.
Mas isso não inclui se acostumar à dor! De maneira alguma! Se você se machuca muito, tem que procurar saber a origem dessas feridas e buscar se ver livre delas. Não pode, de jeito nenhum, habituar-se ao sofrimento, pensando que tem que ser assim o resto da vida. Não! É certo que as agruras da vida são necessárias, mas não podemos ficar parados esperando que elas nos destruam, "porque Deus quis". Deus não castiga, Deus não amaldiçoa, Deus não quer o mal de ninguém, por pior que a pessoa seja. O que Ele deseja a todos é a evolução, é o amadurecimento espiritual e, para que isso ocorra, devemos pagar pelo que fizemos, aceitar as consequências dos nossos atos e nos redimir. Por isso Ele permite que soframos: é para o nosso bem.

Hoje eu entendo isso e sei que todo sofrimento tem um objetivo...

É isso!