"Grace makes beauty out of ugly things... Grace finds beauties in everything..." (Grace - U2)
sábado, 31 de julho de 2010
domingo, 25 de julho de 2010
Run.
Você irá me dizer quando seus traços estiverem enfraquecendo?
domingo, 11 de julho de 2010
Carta aos desiludidos no amor.
MODOS DE MACHO - Carta aos desiludidos no amor
Triste de quem fica desiludido(a) e evita outro amor de novo, cai no conto, blasfema, diz “tô fora”, já era, tira onda, ri de quem ama, pragueja e nunca mais se encontra dentro das próprias vestes.
Como se o amor fosse uma bodega de lucros, um comércio, como se dele fosse possível sair vivo, como nunca tivesse ouvido aquela parada de Camões, a do fogo que arde e não se sente, a da ferida, aquela, o Renato Russo musicou e tudo, lembra?
Triste de quem nem sabe se vingar do baque, sequer cantarola, no banheiro ou no botequim, “só vingança, vingança, vingança!”, o clássico de Lupícinio Rodrigues, o inventor da dor-de-cotovelo, a esquina dos ossos úmero com os ossos ulna (antigo cúbito) e rádio, claro, lição da anatomia e da espera no balcão da existência.
Tudo bem não querer repetir, com a mesma maldita pessoa, os mesmos erros, discussões, barracos e infernos avulsos e particularíssimos. Falar nisso, nunca mais ouvi o velho e bom “eles renovaram o namoro”. Coisa linda, linda, linda, o mais comum era dizer apenas “eles renovaram”. Prestou atenção na força das palavras?
Não estamos tratando desse tema. O caso aqui é de quem se desilude ao infinitum. Triste de quem encerra o afeto de vez, como se aquela mulher e/ou aquele homem “x” fossem fumar o king size, duvidoso e sem filtro, lá fora, e representassem o último dos humanos.
Chega do clichê e do chavão de que todos os homens ou mulheres são iguais. São, mas não são, senhoras e senhores. Cada vez que uma folha se mexe no universo a vida é diferente. Todos os machos e todas as fêmeas são novidades. Podem até ser piores, uns mais do que os outros, porém dependem de vários fatores.
Não adianta chamar o garçom do amor e passar a régua para sempre por causa de apenas um(a) sujeito(a) – como se representassem a parte pelo todo da panelinha do mundo. O que não vale mesmo é eliminar o amor como proposta mínima na plataforma política de estar vivo.
Já pensou quantos amores possíveis, como diria Calvino, você estaria dispensando por essa causa errada? E quem disse que amor é para dar certo?
Amor é uma viagem. De ácido.
Amar é… dar ou levar pé-na-bunda. Depois, como se diz, a fila anda, mesmo que mais demorada que a do velho INPS ou do que a dos ingressos para a final do campeonato.
E tem mais: a única vacina para um amor perdido é um novo amor achado. Vai nessa, aconselho! Só cura mesmo com outro.
Sim, o amor acaba, se não você não entendeu ainda… Corra a ler o gênio mineiro Paulo Mendes Campos: em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
Vamos esquecer a ilusão católica do até que a morte separe os pombinhos e viver lindamente o amor e o seu calendário próprio. Muitas vezes, não temos o amor da vida, mas temos um belo amor da quinzena, que, de tão intenso e quente, logo derrete. Foi bonito.
Vale tudo, só não vale o fastio e a descrença.
Você aí, amiga Imelda Marcos, tem quantos pares? Acha que procede o raciocínio?